Um dos principais problemas da sociedade actual prende-se com a violação dos direitos das crianças (exploração infantil). Apesar de uma luta contínua por parte de organizações e da própria sociedade, o trabalho infantil continua com taxas elevadíssimas em países subdesenvolvidos. Uma sociedade, onde todas crianças têm direito a uma infância feliz e respeitada, é ainda um sonho para todos. No entanto, esse sonho não pode ficar só por ai. Tem que passar a ser uma realidade em todo o mundo.
É inconcebível que, em pleno século XXI, se registem números assustadores no que diz respeito à violação infantil. Mais de 200 mil crianças e adolescentes são vítimas do tráfico humano – compradas e vendidos na África central e ocidental.
A luta contra a injustiça algum dia acabará? A exploração da mão-de-obra infantil terá justificação? Não terão todos os jovens e crianças a viver a vida de forma igual?
As crianças são seres humanos, o futuro da nossa sociedade, e por tudo isto e muito mais, não é justo que elas tenham que ser exploradas quase até à morte, em que grande parte delas fica com danos psicológicos e físicos irreversíveis.
Será que quando uma criança é vítima das redes de tráfico de crianças não estará ser utilizada com um meio para atingir um fim? Quando uma criança é sujeita a práticas culturais que são completamente desprovidas de razão, quando é agredida quase até à morte, só porque não conseguiu realizar qualquer tarefa no seu trabalho que a explora Será aceitável que a liberdade e o luxo de alguns possa atropelar literalmente a liberdade e a infância de crianças inocentes? Este é sem qualquer dúvida, um dos problemas mais graves que se verifica na história da humanidade e que teima em não ter fim, o que é intolerável.
Não se pode falar em progresso em quanto houver crianças exploradas, em quanto houver lágrimas de choros no rosto de uma criança mal tratada e explorada.
Com este ensaio pretendo fazer uma reflexão filosófica acerca da questão dos direitos das crianças como direitos humanos e ver até que ponto o problema do desrespeito dos direitos das crianças chega, por muito grande que seja.
Segundo Kant devemos agir de forma a que a máxima da nossa acção se possa tornar em lei universal da Natureza e sem nunca utilizarmos o Homem como meio para atingirmos um fim em si próprio. Analisaremos o seguinte exemplo: “Uma criança africana, vista na perspectiva de rumar a uma aldeia distante da sua com um indiviuo que lhe prometera oferecer casa, comida e educação, coisa que esta criança estava privada na sua aldeia junto da sua família. Então esta é levada juntamente com mais crianças da sua aldeia. Estas na chegada confrontam-se com um cenário de exploração infantil, e vêem-se envolvidos numa rede de tráfico de crianças, onde as crianças terão de trabalhar sem remuneração, até atingir a maior idade. Estas são ainda abusadas sexualmente e mal tratadas pelos seus donos.
Para Kant, jamais devemos utilizar o Homem como meio para atingir um fim.
Não me parece ser um raciocino tão difícil de compreender. No entanto, parece-me que muitas pessoas ainda não interiorizaram bem esse facto incontestável que é o de uma criança fazer parte da humanidade . De qualquer maneira, este facto é obviamente condenável moralmente por Kant.
Será possível o progresso, quando existe crianças exploradas?
Após ter analisado alguns documentos de organizações defensoras dos direitos das crianças, pude concluir que a exploração infantil é bastante evidente em países pobres e esquecidos pelo resto do mundo. Países que desconhecem o progresso. Enquanto que os países desenvolvidos, ricos e com progresso quase não se verifica a exploração infantil. Mas em contra partida os países desenvolvidos e com bastante progresso são os maiores causadores da exploração nos países pobres e subdesenvolvidos, visto que são os que mais investem na fixação de industrias de alta produção nos países pobres, incentivando a prática de exploração infantil, sem olhar a meios para atingir os seus fins.
Será a exploração infantil de hoje a vingança da exploração do passado? Qual a solução para acabar com este inferno?
Se a exploração de hoje é a vingança do passado então não terá fim, visto que é um circulo viciante. Mas se todos nós contribuirmos para uma melhor sociedade, obrigando os exploradores a desistis da sua prática e a condena-los exemplarmente, tenho a certeza de que este circulo será interrompido, e este pesadelo acabará. Está tudo nas nossas mãos, só temos de começar a agir.
A questão dos direitos das crianças como direitos humanos é de facto uma situação delicada e implica um esforço enorme de todos os seres humanos para compreender o que está por de trás de tanta injustiça.
Há que mudar a mentalidade de alguns povos, de que as crianças podem trabalhar de forma explorada e de que os direitos das crianças são puro capricho do mundo dos países desenvolvidos.
Se vivemos no mundo da tecnologia, se vivemos num mundo onde temos acesso a milhões de dados sobre tudo, se sabemos das coisas, se as vemos por que é que não havemos de fazer bom uso delas. Tirando boas conclusões e colocando-nos em acção fazendo o melhor para resolver determinados problemas, como é o caso da exploração infantil.
Cabe a nós jovens de hoje, batalharmos contra esta aberração da humanidade, até conseguirmos acabar com o ultimo choro das crianças exploradas. Pois nós somos os únicos que estamos a tempo de acabar com a exploração infantil, somos o futuro desta sociedade injusta para com as crianças.
Este Ensaio está muito bom, estás de parabéns. e tocaste bem na ferida e na realidade de mts paises. felizmente ñ acontece muito em portugal,mas é bom relembrar aos Europeus esta realidade, pq muitas das marcas q utilizam são feitas por estas crianças.
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